sábado, 31 de março de 2018

A nossa Páscoa!



Páscoa é uma importante celebração da igreja cristã em homenagem a ressurreição de Jesus Cristo.

De acordo com o calendário cristão, a Páscoa consiste no encerramento da chamada Semana Santa. As comemorações referentes à Páscoa começam na "Sexta Feira Santa", onde é celebrada a crucificação de Jesus, terminando no "Domingo de Páscoa", que celebra a sua ressurreição e o primeiro aparecimento aos seus discípulos.

Quem tem crianças pequenas, principalmente depois que já vão na escolinha sabe como eles se "empolgam" com essa data. Confesso que neste ano estava desanimada, algumas coisas não saíram como planejamos e acabamos ficando em casa...

Não tinha me programado pra nada. Sem ideias, sem criatividade. Mas com uma ideia fixa: sem ovos de chocolate esse ano, que além de caros com os meus filhos nunca fizeram "aquele" sucesso. No ano passado me recordo que gastei nada mais, nada menos que R$ 80,00 reais em dois ovos. O do Pedro veio com um lego, quebrado que não deu para montar, e o do Leó um boneco Batman que em 2 minutos estava esquecido num canto. Confesso que fiquei triste e decepcionada, achava eu estar fazendo uma grande coisa dando ovos a eles. E pra eles os ovos de fato não faziam sentido nenhum...

Como já falei estava sem ideias. Eis que ontem o Pedro, que sabe que Coelho não existe há uns dois anos mais ou menos me perguntou se neste ano eu compraria aqueles ovinhos de chocolate.

Epa! Se falou lembrou, e se lembrou talvez esteja esperando...

Fui muito sincera com ele e expliquei o porque de não comprar. Ele entendeu.

Como percebi que ele esperava "algo a mais no domingo de Páscoa", a viagem já tinha ido para o saco, passaríamos sozinhos, sugeri que preparássemos nossos próprios doces, e para o meu espanto, os dois super se empolgaram. Perdido num potinho da cozinha estavam lá sete casquinhas, as únicas que guardei há mais de mês. Como os planos haviam mudado desisti de guardar mais e por várias vezes pensei em colocar no lixo. Ainda bem que não joguei no impulso de uma cozinha organizada.

Quem diria que aquelas sete casquinhas salvariam nossa Páscoa mágica e muito especial.

Os guris se empolgaram. Foram atrás de tinta, pincéis... E eu sofri por não ter guardado tantas outras casquinhas de ovo...

Enquanto isso, clica a aqui, clica ali, eis uma receita de cri cri...

O cheiro, a união, a felicidade de preparar a nossa Páscoa com as próprias mãos, creio que jamais será esquecido pelos meus filhos, Pedro hoje com oito anos e Léo com 3.

Tudo foi muito rápido, a equipe era boa ( risos).

Assim que terminamos, sugeri ao Pedro: que tal se fizermos uns biscoitinhos de coelhinho?

- Oba, mãe! Posso fazer ovinhos e e fazer roupinhas para os coelhos, tu faz merengue colorido?

- Claro...

Assim seguimos a tarde, e um pedaço da noite de sexta-feira santa...

Eu me senti realizada em proporcionar aos meus filhos algo tão simples, mas que com toda certeza marcará pra sempre.

- Mamãiiin posso comer um amendoinzinho, perguntava o menor...

- Mãe que delícia esse biscoitinho ( sem sei se é tão bom assim, ou é o paladar dos meus filhos que muito raramente comem biscoito industrializado).

Só sei dizer que foi a Páscoa que mais estou curtindo com os meus filhos.

Léo não come chocolate, não gosta, hoje foi dormir ansioso, esperando que o Senhor Coelho lhe traga baaaiiinha (balinha) e pirulito amanhã ao acordar.

Pedro sabe que não tem coelho na jogada, mas me ajuda a criar um mundo de fantasia com o menor, também foi dormir cedo, ansioso para saber o que a Mamãe Coelha colocará na sua cestinha.

Páscoa é isso! É união, simplicidade e muito amor!


Feliz Páscoa para todas as pessoas de bem!












segunda-feira, 19 de março de 2018

Leonardo fez 3!

Neste ano eu planejei com todo meu coração uma festinha na escola! E nada me organizei para o dia seguinte: o dia certo do aniversário dele!

Fizemos um bolo de caixa, porque como muitos sabem, eu não curto vela no bolo verdadeiro, as crianças cantam parabéns e cospem em cima daquele bolo. Enfim, um bolinho falso é sempre a melhor saída!

Como lembrancinha tentamos fazer algumas casinhas de biscoito, a casinha da Peppa Pig! Fomos péssimos confeiteiros, mas ele curtiu e foi lindo vê-lo envolvido com tudo...

Então na terça ou quarta-feira... Levei uma xixi de uma amiga - amiga essa que nos cuidou no hospital quando Leonardo nasceu. Tu vive fazendo bolo e vai deixar o dia do Léo passar em branco?

Eu vou nem que seja tomar mate, porque gosto muito dele...

Pensei. Pior né... O tempo voa, ele só vai fazer 3 anos uma vez na vida.

Ele tem amiguinhos que adora (da mesma faixa etária).

Sempre recebemos convite para o aniversário dos amiguinhos...

Ele tem amiguinhos de barriga. Ele tem quem gosta dele, sem pedir nada em troca.

E literalmente nesse ano foi só um bolinho, uns negrinhos e alguns salgadinhos. Não teve foto, não teve stress. Não teve pula pula (e sinceramente as crianças nem sentiram falta). Brincaram felizes com os brinquedinhos do Léo. Não queriam ir embora. Estavam felizes. Léo estava radiante na hora do parabéns! Infelizmente ninguém lembrou de tirar foto. Estávamos conectados com o momento. Ele estava feliz. Comeu pastel, comeu uns três brigadeiros. Não tomou banho, e passou de galochas (e com a pior cueca que tinha - porque o pai tinha dado o banho na noite anterior). Feliz! Léo sendo Léo. Sem ser obrigado a abraçar quem muitas vezes nem lembrava, e via uma única vez no ano. Quem dera eu ter essa maturidade quando Pedro fez 3.

Festa de aniversário é sempre complicado. Muita gente espera convite. Fica triste, se ofende por não participar desse dia. Mas eu como mãe tenho uma visão diferente (que fui aprendendo ao longo desses 8 anos).

Pegue um papel. Liste nomes e sublinhe pessoas que de fato estariam disponíveis para te ajudar num momento de emergência. São poucas, não é?

Então nesse esquema fomos felizes, maduros e econômicos.

O aniversariante curtiu. O bolo foi feito por mim sem aquele medo: o que vão falar, se ficar seco ou molhado de mais... Ou isso ou aquilo... Viva, não queira viver para os outros.
E assim em meio a minha paz de espírito nasceu o meu primeiro bolo de aniversário.

Desculpa a sinceridade máxima. Mas muita gente deve pensar assim também. E minha opinião é pensem na criança, só na criança.

Lembre-se dos convites que já entregou e de quantas desculpas recebeu em anos seguidos! E de quanto já gastou em salgadinhos e doces esperando por essas pessoas! Então relaxe e curta o dia do seu filho (a).



Adaptação escolar

Afinal, o que é adaptação escolar?

"Adaptação escolar é o período em que a criança tem para acomodar-se e integrar-se à escola. Para que a adaptação aconteça ela precisa acostumar-se com o ambiente educativo, à rotina escolar e socializar-se com os professores e colegas de classe".

Na minha época não existia nada disso, se tivesse medo, ou senti-se insegura ia assim mesmo, e o máximo que aconteceria era levar umas boas chineladas no final a aula. Claro que eu fui com 6 anos e nada disso aconteceu, estudava no turno da manhã e amava.


Uma das coisas mais importantes nesse momento é a preparação da mãe. Não precisamos nos sentir culpadas por estar em casa e o filho na escola. A criança precisa adquirir autonomia e independência, e isso ele só vai conseguir se aprender a se distanciar da mãe. Troque a culpa por um banho longo, um passeio ou até mesmo um café descansada no meio da tarde.

Você acaba ficando um pouco na salinha ( mesmo sabendo que isso irá dificultar a adaptação), se despede e ele fica chorando, esperneando. Nosso coração aperta. No final da aula a profe avisa que nem perguntou por você. Porta de escola é um ambiente em que nós, mães, devemos posar de fortes, bem-sucedidas, felizes e realizadas. Não pelas outras mães que estão ali (até porque a gente sabe que nenhuma mãe é tão perfeita), mas pelos nossos filhos. Eles precisam sentir segurança. Se virem a mãe chorando, vão achar que algo está errado. Vamos deixar esta parte para as crianças, ok?

Durante período de adaptação escolar, tudo bem ligar uma ou duas vezes para saber se está tudo bem, se é preciso buscar o filho mais cedo. A não ser que você queira bancar a louca e atrapalhar toda a rotina escolar, ligue desesperadamente. Se seu filho precisar, a escola vai te ligar, fique tranquila.

Imaginação de mãe é uma coisa absurda. Já falei sobre nossa capacidade de imaginar tragédias quando estamos longe dos filhos, mas vale reforçar. Na escola tem estímulos diferentes, amiguinhos, outros cheiros, outros sabores, outros brinquedos e pessoas acostumadas a lidar com crianças que sentem a falta da mãe em algum momento do dia. Você escolheu a escola por gostar e acreditar no trabalho, não? Ou você matriculou seu filho num lugar em que as tias vão deixar seu filho chorando, porque elas são maquiavélicas, e vão torturá-lo e, ao devolvê-lo a você, ele estará enfeitiçado a ponto de dar um beijo na prfe bruxa? Não, né?! Pense em coisas boas, em como seu filho deve estar se divertindo, em como a escolinha é um lugar bacana. E abra aquele kit kat fazendo muito barulho, apreciando lentamente o seu derreter, sem nenhum filho pedindo um pedaço.

Você prometeu buscar seu filho tal hora, certo? Esteja lá então. Nada mais triste para uma criança do que achar que foi esquecida. Uma coisa é você se atrasar vez ou outra por um motivo qualquer, mas se atrasar na época da adaptação escolar pode atrapalhar tudo. Pense em você, numa sala estranha, com pessoas estranhas e objetos legais, mas estranhos. Você vai se acostumando, tals, mas dá um certo frio na barriga. Nada como encontrar alguém conhecido – a mãe! – para aliviar aquela tensão do novo.

Oferecer recompensa para a criança ficar na escola não é legal. A escola deve ser algo legal, deve ser a própria recompensa. “Se você não comer tudo, amanhã não te deixo ir para a escola!”. Imagine: se você tiver que comprar a criança ainda na adaptação escolar do ensino infantil, ao ir para a faculdade, à noite, em outra cidade , passar por trote… Sua moeda de compra vai ficar cara. Se usar desta técnica, melhor já ir fazendo a poupança para a adaptação escolar da fase seguinte.